Passeio com minha família em um magazine local.
Eis que não vejo mais nenhuma sutileza na forma com que o comércio deturpa a maneira de mostrar a nossas crianças o que é a páscoa. O que vejo é a invasão descarada, deste marketing agressivo das empresas fabricantes de ovos de páscoa por todo o ambiente da loja. Desde a entrada, perto dos caixas , seja em gôndolas ou expostos pelos corredores... é impossível transitar sem estar na presença de enormes coelhos dentuços de olhos arregalados... que induzem a criança a acreditar que páscoa é “calate” ou “cueinho”, como minha pequenina, de apenas 1 ano e seis meses, já fala, ao passear entre eles.
Enquanto isso, tenta-se desviar os olhos de Jesus Cristo, Nosso Senhor, que deveria ser o centro das atenções nesta época. Sou formada em marketing, amo propaganda, sou fascinada pelas formas de convencimento, de despertar o desejo no cliente, mas acho abusiva a imposição da presença do produto sem que o cliente deseje “respirá-lo”.
“Olho para o alto, de onde me vem o socorro...“ e vejo mais ovos de páscoa, assustadoramente, de todos os preços, gostos, formas e tamanhos... sob as nossas cabeças... sob as nossas mentes... e depois vem toda a parnafenália pascal: colomba pascal, bacalhau, etc, etc, etc...
Serei hipócrita se disser que não sou tentada a adquirir um desses... e de preferência aquele que tem mais a oferecer , de brindes, de criatividade em embalagens... palmas para estes profissionais, que despertam a vontade de degustar o produto, de tê-lo pelo mero fato de ver o produto... e vaias para aqueles que tentam nos levar a uma imersão forçada neste espírito contrário da verdadeira e pura páscoa.
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